Lula censura ataque de Israel e defende diálogo
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva censurou nesta terça-feira o ataque de soldados israelenses a um comboio de navios que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Para Lula, não é com ataques desta natureza que se alcança a paz no Oriente Médio e sim com o diálogo.
"Existem milhões e milhões de razões para a gente construir a paz, mas não existe uma única razão para a gente construir a guerra", disse Lula em discurso durante visita à fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo.
Antes de criticar Israel, Lula se referiu ao acordo alcançado por Brasil e Turquia com o Irã em maio de troca de urânio pouco enriquecido por combustível nuclear. As negociações se deram em meio à tentativa de impor uma nova rodada de sanções internacionais à República Islâmica para obrigar o país a interromper suas atividades de enriquecimento de urânio.
"Aquilo que os americanos não estavam conquistando há 31 anos, nós conseguimos em 18 horas de conversa e o Irã resolveu sentar na mesa para negociar numa demonstração de que o diálogo é a melhor forma de resolver os conflitos, não atirando como Israel atirou ontem num barco que ia levar comida para a Faixa de Gaza", afirmou, completando que o barco "estava em águas internacionais".
(Texto de Carmen Munari; edição de Alexandre Caverni)
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